Que atire a primeira pedra, aquele pai ou mãe que nunca pensou: "Fogo! Nunca mais crescem para eu conseguir ter tempo para mim!"
Como mãe, em situações de alto nível de stress (em que já não sei para que lado me hei-de virar) dou por mim a pensar coisas do género...
Imaginá-los crescidos, independentes e felizes, e eu... com tempo para mim, sem as pirraças e as preocupações constantes do dia a dia, parece-me ouro sobre azul.
Contudo, no passado sábado, vi um casal meu conhecido (cujos filhos são jovens adultos) numa esplanada, estavam com um ar tão sem brilho... O motivo, não sei qual seria, mas de repente, dei por mim a pensar como seria daqui a uns anos, sem os filhos por perto, sem as birras do costume, sem os solavancos das suas traquinices... Dei por mim a querer parar o tempo, a pensar o quão valiosos são os nossos momentos, mesmo aqueles que me levam ao limite do desespero.
Vou ter tantas saudades, queixo-me tanto, mas vou ter tantas, tantas saudades...
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