quarta-feira, 21 de junho de 2017

172 de 365 - Quando a dor custa a ir embora...

Estes dias têm sido difíceis. Como eu, milhares de portugueses sentem uma tristeza enorme pela tragédia que nos assolou este fim de semana.
Uma tristeza que não se explica, um misto de dor e de revolta, de compaixão, de fúria.
Enquanto penso o quão efémera é a vida, enquanto dou graças pelo aqui e agora, sinto uma angústia enorme, um vai vem de tristeza que me tolda a felicidade. 
Acho que nos próximos dias será assim, pois a nuvem de fumo daquele inferno não só tomou conta dos céus, como assombrou o coração de todos nós. 
Quando penso no medo, na dor, quando penso nos últimos momentos, sinto um frio cortante, sinto-me triste, desolada.
Quero acreditar que muitos deram as mãos, muitos abraçaram os seus, muitos pensaram que o Céu estaria do outro lado, um Céu apaziguador, um Céu merecido. 
Quero acreditar que foi rápido, que depois de tudo aquilo houve silêncio, houve paz.
A natureza é soberana, ela é Mãe e por mais culpados que procuremos no meio de tudo isto, não foi ela...


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