Nunca fui viciada em compras, sobretudo no que se refere ao vestuário.
Cada vez mais, considero o "vestir" apenas uma necessidade básica, mas estaria a mentir se dissesse que não ligo patavina à aparência ou que seria capaz de vestir a primeira coisa que me aparecesse à frente...
Uma das coisas que, a pouco e pouco, me vai desprendendo de tudo isto é o modo como comecei a encarar o consumo, a facilidade com que somos levados a adquirir coisas, coisas essas que muitas das vezes nem nos fazem falta.
Aprendi, por experiência própria, que ao assumirmos uma vida mais simples, mais descomplicada "o menos tornar-se mais" e não é por ter uma camisola ou um par de sapatos novos que me fará mais ou menos feliz.
Por fim, e não menos importante, é aquilo sobre o que quero escrever hoje, o chamado "fast fashion".
Este é um conceito cada vez mais presente nos nossos dias e está a conduzir o mundo da moda (ou vice-versa) por caminhos muito complexos e desumanos.
Este é um conceito cada vez mais presente nos nossos dias e está a conduzir o mundo da moda (ou vice-versa) por caminhos muito complexos e desumanos.
Quando entro numa loja, principalmente nas grandes cadeias de moda "acessível", a primeira coisa que me vem à cabeça são imagens como o trágico acidente no Rana Plaza no Bangladesh (onde morreram mais de 1100 pessoas). Não esqueço as lágrimas daquelas mulheres e meninas que trabalham 12 a 16 horas por dia (apenas com uma porção de arroz diária no estômago e uns míseros 30 a 60 dolares ao mês). Não consigo apagar da minha mente a imagem dos bebés que dormem no chão junto aos pés das suas mães, enquanto estas cosem as t-shirts giras e tão em conta que todos nós adoramos ter, só porque sim...
Sinto-me cada vez mais preocupada com estas situações, já para não falar do desgaste e destruição ambiental que esta produção desenfreada causa!
Nos dias que correm, somos levados a substituir sistematicamente os nossos bens, já não os consertamos ou reutilizamos, limita-mo-nos a deitá-los fora e a adquirir novos.
Estes pequenos gestos, que nos parecem tão banais, causam danos irreparáveis ao nosso planeta.
No nosso país são poucas
Sei que, por enquanto, não conseguirei fugir a isto, pois a oferta de produtos alternativos torna-se um pouco inacessível para mim. O custo dos portes por vezes é mais elevado do que a própria peça e para uma mãe de dois filhos com orçamento limitado, nem sempre é fácil.
Contudo, acho que o facto de estar desperta para esta questão, abre-me novos horizontes, faz-me pensar duas vezes antes de comprar uma peça.
Felizmente existem por esse mundo fora algumas pessoas preocupadas com estas questões e sobretudo preocupadas em divulgá-las.
As grandes marcas, até à data, têm fugido às responsabilidades e só visam lucros, mas acredito que com a sensibilização para questões tão desumanas e pertinentes algo poderá ser feito.
No entanto, não acredito nos boicotes às marcas, a questão não se resolve por ai, mas divulgar e fazer pressão para que se tomem atitudes, se façam mudanças de políticas e princípios, fará com certeza toda a diferença.
Assim como, se todos nós tivermos conscientes de que ter mais coisas não faz de nós melhores ou piores, e que tudo parte de um principio, aquilo que procuramos está em nós e não naquilo que compramos, o nosso legado será, com certeza, "um futuro melhor".
Felizmente existem por esse mundo fora algumas pessoas preocupadas com estas questões e sobretudo preocupadas em divulgá-las.
As grandes marcas, até à data, têm fugido às responsabilidades e só visam lucros, mas acredito que com a sensibilização para questões tão desumanas e pertinentes algo poderá ser feito.
No entanto, não acredito nos boicotes às marcas, a questão não se resolve por ai, mas divulgar e fazer pressão para que se tomem atitudes, se façam mudanças de políticas e princípios, fará com certeza toda a diferença.
Assim como, se todos nós tivermos conscientes de que ter mais coisas não faz de nós melhores ou piores, e que tudo parte de um principio, aquilo que procuramos está em nós e não naquilo que compramos, o nosso legado será, com certeza, "um futuro melhor".
Sem comentários:
Enviar um comentário