quarta-feira, 28 de junho de 2017

Lemos?


Os livros sempre fizeram parte das nossas prateleiras, dos nossos dias, das nossas vidas. Em casa dos meus pais sempre se leram livros, sempre se compraram livros, sempre foi um hábito ir procurar nos livros a resposta para tantas coisas...

Hoje em dia, cá em casa, não é tanto assim, as enciclopédias foram substituídas pela Internet, as colecções de livros sobre Animais e Vida selvagem pelos programas e séries de tv e as pilhas de livros que entravam em casa dos meus pais em nada se comparam aos dois ou três livros que compro por semestre...
Apesar desta enorme lacuna que se formou, entre aquilo que "foi" e aquilo que "é", continuo a gostar de ler, continuo a amar as palavras e ao que elas me levam. 
Não troco a visita a uma livraria pela entrada numa loja de roupa, não prefiro o filme ao romance, nem o melhor perfume ao cheiro de um livro novinho em folha, mas sei que poderia ler mais, poderia esforçar-me mais. 
Tento ler todos os dias, mais que não seja uma página, só porque sim, só porque quero, e isso tê-me dado frutos, muitos frutos.
Além daquilo que aprendo, daquilo que sonho, daquilo que vivo, o facto de fazer da leitura um hábito contagia de certo modo os meus filhos.

O mais novo entrou este ano no primeiro ano e ao perceber o poder que a leitura lhe confere descobriu todo um mundo novo. Anda fascinado com esta sua nova capacidade, lê tudo, ou quase tudo, lê o que escrevemos, o que aparece na tv, na rua, nas lojas, mas lê sobretudo os livros que tem no quarto, sim, aqueles que estiveram por ali esquecidos.
O mais velho sempre gostou que lhe lessem histórias, lemos juntos "O Principezinho" e foi das coisas mais extraordinárias que já fizemos até hoje. 
Apesar de gostar de livros, apesar da sua tremenda curiosidade em saber, a preguiça de pré-adolescente apoderou-se e há muito que não pegava num livro. 
Há uns dias, deu-se um click  e, sem eu dar por isso, começou a ler. Já vai no segundo livro (e dos grandes como ele próprio diz) e acho que nestas férias a coisa promete.
Enche-me o coração vê-los (ver-nos) envolvidos pelo poder da leitura, faz-nos tão bem, dá-nos tanto!

Este ano, apenas estabeleci um objectivo a alcançar, ler pelo menos um livro por mês. Sem grande stress vou indo (ou melhor, vou lendo) prefiro não pensar muito, é deixar fluir... 



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