domingo, 25 de março de 2018

Era uma vez, na Islândia #4

Pela estrada fora...

Com o depósito cheio, as malas arrumadas e ansiosos por começar, partimos rumo à estrada nº1 a famosa Ring road, a estrada principal que circunda toda a ilha...
A viagem começou e por mais que tenhamos percorrido, não vimos nem metade daquilo que este maravilhoso país tem para oferecer.
São paisagens deslumbrantes! A cada par de quilómetros surgem-nos montanhas imponentes, planícies de perder de vista, rios e lagos com água tão translúcida que, mesmo com temperaturas abaixo dos zero graus, nos apetece tocar.
Quedas de água enormes, vulcões, geisers, fiordes, praias de areia preta, neve e mais neve...
Tudo isto, além do mar, que visto desta parte do globo parece gigante, imenso, de um azul tão forte como nunca vi!
E o céu, oh o céu!
Nós tivemos imensa sorte com o tempo, sempre sol e céu azul, à excepção de uma tarde, mas na Islândia é mesmo assim, o tempo é inconstante, pode estar um dia lindo e de repente uma chuvada, um nevão ou mesmo uma tempestade...
Se os dias foram de céu azul, as noites foram as mais bonitas que alguma vez vi. Um céu negro repleto de estrelas, tantas, tantas estrelas!
Na nossa primeira noite na carrinha, ficámos num parque em Thingvellir onde, sem sabermos, seria possível observar a Aurora boreal. Foram 10 os autocarros de turistas que parquearam junto a nós nessa noite. A principio não percebemos o porquê, estávamos ali sozinhos e de repente tanta gente! Mas minutos depois, vi-mo-nos ali, sentados num muro, embrulhados em cobertores, junto àquela gente toda, ansiosos por ver as famosas luzes do norte. 
Apenas conseguimos ver pequenas nuances brancas que surgiam por detrás do pico Ármannsfell, reflexos esbranquiçados que iam e vinham... Não sei se seriam os meus olhos ou meu desejo em ver algo mais, mas nunca vi o céu assim e guardarei na memória aquela noite tão especial...

Bókakaffið Books & coffe (uma simpática livraria/café em Selfoss onde comprámos o nosso mapa de estradas) 
 Faxi Waterfall
Geysir
(Um fenómeno natural, que apesar de já  ter ouvido falar, me impressionou imenso)
A Islândia é um tesouro adormecido, bem lá no alto do nosso planeta, é um traço da natureza no seu maior esplendor.
Ela transcende-nos de tal modo, que a cada dia que passa, nos vemos mais absortos na sua grandiosidade e beleza.
Apesar de muitas paisagens estarem cobertas de neve, muitos lagos congelados e o verde ser quase inexistente, o Inverno dá-lhe um ar dramático e o contraste do cinza, do negro e do branco são quase que hipnotizantes...

A bússola aponta Akureyri...
Mas antes com paragem em Hvammstangi para almoçar e apreciar a vista da fantástica fiorde "Miðfjörður".
 Ao aproximar-nos da cordilheira que antecede a chegada a Akureyri, a névoa sob os picos começou a chamar-nos à atenção. O dia estava lindo e nada previa o que estaria para acontecer...

continua...

Sem comentários: